O Contador de Estórias - In: "A Gralha Azul da Servidão"

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O CONTADOR DE ESTÓRIAS
In: "As Gralhas Azuis da Servidão"
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Sentado no conforto de sua cadeira, aquecido pelo fogo de ua
lareira, o Velho Vô Cacho, com os Netos ao redor, de tristezas
e alegrias, de fracassos e glórias, conta suas Estórias.
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A Pedido dos Netos que o querem ouir, o Vô orgulhoso, sentindo-se
amado, lhes conta a Estória que espera que cada um aprenda da
Gralha Azuleca, que não é a da Lenda. E assim, diz aos Netos:
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Crianças... - Estão vendo o majestoso Pinheiro na Servidão que
namora a Abacateira sob o olhar da Varanda? Pois saibam que o
mesmo é abrigo constante, da Gralha Azuleca, junto com o seu
Gralhoso Amante.
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Embora temam os Homens, seus piores inimigos, essa Gralha Azuleca
procura com seus cantos, nos chamar a atenção pois corre perigo
de entrar em extinção.
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Esse mesmo Pinheiro que ora as acolhe, há tempos idos não existia.
E foi pelo bico da Gralha Azuleca, que em certa madrugada, deixou
sua semente no solo fértil, que foi logo germinada.
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Se lembram dos Pinhões que outro dia comemos e que nos alimenta,
e a milhões de Semelhantes? - Ah - Também são frutos nascidos,
pela semeadura das Gralhas - qual esta Azuleca, juntamente com
seus Gralhos amantes.
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E podem crer ser verdade o que nos diz a Lenda, que o azul de seu
corpo - qual adorno - qual véu - é mesmo um presente, pelo bem que
nos fazem, doado pelo Papai do Céu.
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É por isso Crianças, que por mais que os Homens pequem e cometam
falhas, protejam a Natureza, como a Azuleca e as demais Gralhas.
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O Vô Cacho se levanta, abençoa os Netos, e logo vai se deitar,
esperando ouir a Gralha ao nascer da madrugada. Acreditem leitores,
que esta é uma Estória, que não foi inventada!
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ZKzul - 23-06-2014 - gaDs!
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